Opinião: Voto da terceira via começa a ficar diluída

Por Anthony Lima, da Rede SPE, em Pernambuco.
O termo terceira via no Brasil, foi bastante falado nos últimos dias em vários locais, seja nas redes sociais ou em uma roda de conversas com amigos, onde presenciei esse termo na boca do povo. Diversos jornais divulgaram nomes que estão entrando para o embate político com o objetivo de ser o principal nome da terceira via no ano que vem.

Lula e Bolsonaro, são os nomes mais fortes para presidir o país a partir de 1º de janeiro de 2023, e nem todos estão satisfeitos com esse resultado, o que fez com que muitas pessoas em todo o Brasil, pedissem um novo nome de terceira via para enfrentar os dois lados.

Jair Bolsonaro tenta a sua reeleição, e Lula tenta voltar a governar o país após o PT ter sido retirado do poder em 2016, após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Isso explica muito bem como um terço do país se sente ao ver esses dois nomes na liderança das pesquisas.

Mas porque a terceira via pode estar se diluindo?

Vamos explicar! Após as pesquisas indicarem Lula e Bolsonaro, o primeiro nome forte a uma terceira via, foi o do ex-juiz Sérgio Moro, que aparece logo atrás para levar a presidência em 2022. Recentemente Moro se filiou ao Podemos para se candidatar às eleições do ano que vem, e já faz um planejamento de ações governamentais que devem ser tomadas caso ele seja eleito. Moro já vem buscando apoio e vem recebendo muitos deles por onde passa, o maior exemplo que podemos citar aqui é o apoio do MBL (Movimento Brasil Livre) na candidatura de Sérgio Moro, para o ano que vem.

Logo após Moro, vem outro forte nome na política brasileira, é o do Governador pelo estado de São Paulo, João Dória, que tem uma carreira bastante promissora no PSDB, onde conseguiu pelo partido ser prefeito da capital São Paulo, e logo depois ser governador do estado, isso favorece Dória nas eleições do ano que vem. Recentemente Dória disputou as prévias eleitorais do PSDB, concorrendo contra Eduardo Leite, e Arthur Virgílio, e venceu. Agora passa a ser o principal nome do PSDB, no ano que vem.

Também temos que lembrar do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta do Democratas, ele também aparece como um forte nome para disputar uma terceira via. Mandetta acaba tendo sua candidatura fortalecida, por ter passagem pelo atual governo federal e ter saído após não conseguir seguir a ciência em combate a pandemia de covid-19, por imposição do governo. No caso de Mandetta, ele também seria uma forte oposição ao governo Bolsonaro.

Citei aqui três possíveis fortes nomes para a terceira via em 2022, o que acaba dividindo o voto do eleitorado que deseja eleger uma terceira via. Diversos outros nomes também vão surgir até as eleições com o objetivo de ser um outro caminho para quem não deseja votar em Lula e Bolsonaro, mas o maior desafio de todos os candidatos é tirar os votos certos de Lula e Bolsonaro, que não será tarefa fácil.

A terceira via começa a ficar diluída justamente pela pluralidade de nomes que estão surgindo, o que diminui drasticamente a quantidade de votos daquele candidato que conseguiria ir para um segundo turno com Lula ou Bolsonaro, que já é dada praticamente como certa.

Ainda é cedo para dizer que a terceira via está morta, mas que o candidato mais forte entre eles (da terceira via) deve fazer uma campanha voltada a tirar os votos dos dois principais nomes que pode levar a eleição do ano que vem, essa é a tarefa certa a ser feita, ou apenas deverá lhe dar com a diluição dos votos entre mais variados nomes da terceira via.